quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os Miseráveis

 O Unico livro até hoje que eu consegui ler em apenas um dia. A História é simplesmente fantastica.
Achei que já não me surpreenderia mais com a história, mas a maneira como ela é contada nesta montagem tão leve suave e ao mesmo tempo tão impactante começou a mexer comigo desde a primeira cena, e quando chegou na cena da Fantine. Anne hathaway conseguiu de maneira brilhante nos comover mais uma vez com a musica " I dreamed a dream"; nos fez parar, olhar bem para aqueles olhos sofredores e cheios de dor, nos enxergar naquela pessoa injustiçada, descrédula da vida e das pessoas, afinal todos nós já passamos por momentos como aquele e já nos vimos nesta mesma situação. Neste momento eu duvido que não tenha uma só pessoa que estivesse assistindo e que não tenha derramado pelo menos uma só lágrima. Eu confesso; no meu caso foram baldes a baixo. 
E o que dizer da angustia ao acompanhar nosso caro Jean Valjean? alguem que apenas pretende recomeçar sua vida como qualquer outra pessoa mas não consegue pois a todo momento o passado bate a sua porta. 
Nossa angustia fica ainda maior quando vemos entrar em cena a doce Cosete. Apenas mais uma vitima de uma história, de um sonho, de uma realidade cruel. Uma doce criança que sonha com um mundo justo, que vive uma realidade paralela para fugir de toda a dor pela qual sua pequena existencia é obrigada a passar. Anos depois, após ser resgatada e quando passa a ter uma vida melhor, sua angustia passa a ser outra. então começamos a acompanhar a sua história de amor e vibramos com o seu final final feliz. 
E assim essa história me comoveu mais uma vez. Uma história de recomeços falhos onde os erros sempre perseguem, onde os erros são sempre julgados e os bons atos nunca percebidos. Talvez essa história sempre faça sucesso por que nenhuma outra possa tenha tanto haver conosco. Todos nós nos vemos em todos os personagens; afinal quantos de nós não fizemos algo de errado e pagamos caro, quantos de nós deixamos de contar algo por medo da repreenção e acabamos sofrando ainda mais com as consequencias disso, quantos de nós não nos apaixonamos por alguem que não nos corresponde, quantos de nós já não nos entregamos a um amor, quantos de nós já não demos quase a vida por alguem, quantos de nós tivemos de esquecer tudo e remeçar do zero por uma vida frágil que depende apenas de nós, quantos de nós que já não timempos um ideal de justiça, igaldade e liberdade em tempos dificeis?
Victor Lima